O suplente de vereador em Salvador e ex-deputado estadual Marco Prisco anunciou o rompimento com o deputado federal Capitão Alden (PL), gerando mais uma crise interna no PL da Bahia. Segundo Prisco, Alden teria descumprido acordos políticos firmados durante as eleições de 2022 e 2024, o que motivou o fim da aliança entre os dois.
Nas eleições de 2022, Prisco ainda integrava o União Brasil e tentou a reeleição como deputado estadual, mas sem sucesso. Já Alden, então candidato pelo PL, foi eleito deputado federal. Já em 2024, Prisco se lançou como candidato a vereador de Salvador pelo PL com o compromisso de que Alden o apoiaria. No entanto, segundo ele, o deputado também prestou apoio ao candidato Alexandre Moreira (PL).
Ambos possuem histórico militar e já atuaram juntos na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Prisco, expulso da Polícia Militar por liderar greves em 2002 e 2014, foi reintegrado à corporação em 2015.
Defesa
Alden, por sua vez, negou ter quebrado qualquer acordo e afirmou ter provas de que manteve compromissos assumidos com Prisco. Ele destacou que arcou com pagamentos para compensar a perda salarial do ex-deputado após sua não reeleição em 2022.
“Sair de um padrão de um salário de deputado estadual para retornar para um salário de miséria que um policial ganha é difícil. Eu sinalizei esse compromisso e o fiz, até 2024”, disse o parlamentar ao podcast Lado B da Bahia.
Sobre a polêmica em torno das eleições de 2024, Alden alegou que o acordo previa apoio a apenas um candidato policial por município, o que, segundo ele, foi respeitado. “Alexandre Moreira é mais voltado para o segmento evangélico, de direita, conservador, já tem uma militância de muito tempo, então, eram segmentos que não disputavam votos”, justificou.
“Em Salvador, no segmento policial, apoiei apenas Prisco, assim como em Jequié, Itabuna e todos os demais municípios, apenas um candidato policial. E mesmo nessas cidades, haviam outros candidatos de outros segmentos que apoiei”, emendou Alden.
Alden também afirmou que viabilizou a entrada de Prisco no PL, apesar de declarações anteriores feitas por ele contra lideranças do partido. “Ele já havia feito vários comentários depreciativos contra João Roma, presidente do PL, e Jair Messias Bolsonaro. Isso tudo tem áudios, falas”, lembrou o deputado.
Fonte: Tribuna da Bahia