Na noite desta quarta-feira (30), aconteceu a pré-abertura da Micareta de Feira de Santana. A Praça Padre Ovídio foi tomada por uma onda de energia, ritmo e emoção com os shows de Rachel Reis, BaianaSystem e Quixabeira da Matinha. O prefeito José Ronaldo afirmou que o show na praça é algo novo e foi uma escolha da banda BaianaSystem que ele viu que deu certo. “O público maravilhoso, tranquilo e ansioso pelas atrações”.
Continuar com esse tipo de show na quarta de Micareta é uma possibilidade, diz o prefeito. “O show aconteceu aqui porque a BaianaSystem desejava que o primeiro show deles na cidade não fosse na avenida, mas em um palco em uma praça. Por isso o fizemos e deu certo. O que aconteceu aqui é uma novidade e amanhã faremos a abertura da festa. A reação do público é diferente onde todos pulam, mas ninguém toca em ninguém. A sensação é de alegria e paz. Isso é gostoso e gratificante”.
O vice-prefeito Pablo Roberto falou sobre a quarta-feira de Micareta. Para ele, a quarta-feira pode voltar a ser um dia oficial da Micareta. “O prefeito não me autorizou a falar isso, mas na minha concepção essa grande estrutura que está aqui nessa praça é com certeza a oficialização da Micareta a partir da quarta-feira. Conversei com as pessoas e elas estão satisfeitas. Espero repetir uma edição com paz, amor e tranquilidade e que Feira de Santana continue ostentando esse titulo de realizar a maior Micareta fora de época do Brasil”.
O secretário de Cultura, Esporte e Lazer Cristiano Lobo afirmou que o show na Praça Padre Ovídio é um momento especial, mesmo a Micareta começando oficialmente nesta quinta-feira (1º). “Esse é um momento cultural e especial. Estamos com pessoas cheia de expectativas, com uma energia maravilhosa e esse é o clima que queremos para a Micareta. Nesta quinta, às 14h, acontece nossa abertura oficial e às 15h Bell Marques na avenida no circuito Maneca Ferreira”.
Para ele, o show na praça fez com que a Micareta começasse com o pé direito. “Que tenhamos uma Micareta de paz. O trabalho foi feito coletivamente, muito dialogado com todos os envolvidos nesse processo, com empenho do prefeito para viabilizar essa festa e que ela tenha muita arte, axé e alegria”.




Ao final, ele disse que será feita uma reflexão do que deu certo e do que foi positivo. “O que foi bom queremos preservar. Se trouxemos algo novo, que foi positivo, possivelmente vamos agregar ao nosso projeto e enriquece-lo a cada dia”.
O cantor do BaianaSystem Russo Passapusso falou sobre como é vim a sua cidade natal após 13 anos em um evento aberto ao público. “A sensação é de reencontro. Tenho família aqui e tenho essa raiz. Todas as nossas composições estão fincadas nisso, de estar no interior e depois ir para a capita. A Bahia do litoral e a Bahia do sertão se cruzam. Essa é a nossa matéria prima. Isso só reafirma uma frase do nosso novo disco que é o mundo dá voltas e fica muito forte, sobre o passado que o futuro ainda não alcançou. É sobre isso que estamos falando nesse show”.
Cantar com Dionorina, Lazzo e a Quixabeira da Matinha, representantes da cultura negra na cidade, veio como um molde. “Fomos moldados por isso. Tudo o que fazemos de reggae, de música afro, música baiana vem desses espaços. Sem eles não estaríamos conversando com vocês, mas tentando entender o que é que minha emoção. Essas pessoas pavimentaram para nós. Não pensamos, fomos pensados”.
A cantora Rachel Reis, filha da cantora Maura Reis, falou sobre a emoção de tocar para um público na abertura da festa momesca. “A sensação é maravilhosa. Fico em paz que finalmente rolou porque a expectativa era grande”.
Ela disse que se sente orgulhosa e feliz de fazer parte desse show. A cantora já emplacou sucessos em novelas da Rede Globo. “Trouxe músicas que cantei com Psirico, BaianaSystem. Ainda não trouxe o show do álbum porque começamos a estruturar ele agora. Oficialmente lançarei ele no Nômade, em São Paulo, no dia 4 do mês que vem. Hoje consegui trazer um gostinho, um tempero do álbum”.
A inspiração dela é a Bahia. “Muito do que tem na minha música é por eu ser baiana, por eu ser de Feira de Santana, por morar em Salvador e viajar muito. Muito do que eu escrevo tem a ver. Desde 1997 construí essa história consumindo Bahia em todos os lugares. Arrocha, pagodão, MPB porque somos berço de muita coisa”.