A gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT) enfrenta uma crescente insatisfação entre os eleitores baianos, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, em parceria com o Bahia Notícias, divulgado ontem (31) pelo site. A pesquisa, realizada entre os dias 25 e 29 de julho de 2025, mostra que 51,6% dos entrevistados desaprovam a administração estadual, enquanto 44,9% afirmam aprovar. Outros 3,5% não souberam ou preferiram não responder.
Os dados indicam um movimento de desgaste em relação ao levantamento anterior, feito em março deste ano. Na ocasião, a aprovação do governo era de 47,4%, contra 48,7% de desaprovação. Em quatro meses, a taxa de aprovação caiu 2,5 pontos percentuais, enquanto a rejeição subiu quase três pontos. O percentual de indecisos se manteve estável (de 3,9% para 3,5%).
A avaliação detalhada da gestão de Jerônimo também revela maior percepção negativa. Quando perguntados sobre como classificam a administração, 32,3% disseram considerá-la “péssima” e 9,9% avaliaram como “ruim”. Já 24,2% classificaram como “regular”, enquanto 21,2% a consideraram “boa” e 10,8%, “ótima”. Outros 1,7% não souberam ou não opinaram.
A pesquisa ouviu 1.620 eleitores em 66 municípios baianos. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Alvo
O governador Jerônimo Rodrigues tem sido alvo de frequentes críticas em relação à condução da segurança pública na Bahia, em meio ao avanço da violência no estado. Vale lembrar que, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025, divulgado na semana passada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, cinco cidades baianas figuram entre as dez mais violentas do país. São elas: Jequié, Juazeiro, Camaçari, Simões Filho e Feira de Santana. Salvador apareceu na 20ª posição.
O estudo levou em conta dados de 2024, com base em ocorrências de homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e letalidade policial, em municípios com 100 mil habitantes ou mais.
Apesar das estatísticas, Jerônimo declarou, no início desta semana, que a Bahia “é um estado de paz”. Segundo ele, o avanço da violência “é um problema nacional”. “Não é apenas a Bahia que sofre com isso”, justificou.
Fonte: Tribuna da Bahia
