O deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil – Foto: Divulgação/Internet) defendeu que o seu partido tome uma posição clara sobre a sucessão presidencial até o fim de 2025. Em entrevista ao jornal O Globo divulgada ontem (9), Elmar comentou o futuro da sigla após a saída de Juscelino Filho (União Brasil) do Ministério das Comunicações.
Na ocasião, ele disse que permanecer no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sem apoiá-lo “não seria correto”. “Não é justo o partido ficar até junho do ano que vem no governo e não ir com o presidente. Tem que deixar o governo até o fim deste ano se não for apoiar o Lula. Não é correto chegar no meio do ano que vem e mudar de lado. Hoje, a maioria não vai com o governo”, afirmou o parlamentar baiano.
Questionado sobre seu futuro político, Elmar respondeu: “A decisão a gente toma quando o momento exige, todas as opções estão postas”. “Em fevereiro, nós vamos ter uma vaga no Tribunal de Contas da União, quem não gostaria? Vou avaliar, porque se eu sair [candidato], é para ganhar”, emendou.
Ao ser perguntado sobre o projeto que prevê a anistia para os condenados do 8 de Janeiro, Elmar contou que a “anistia irrestrita e geral pode estimular aquela balbúrdia com depredação de áreas públicas”. Eu não estou dizendo que não houve preparação e tentativa de golpe, planejamento. Aquela turma que estava pode ter sido incentivada, mas aquilo não é golpe. Sou a favor de encontrarmos um meio termo que separe as coisas”, opinou.
Já sobre o cenário para 2026, Elmar declarou acreditar que a polarização entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — ou alguém apoiado por ele — deve continuar. O deputado minimizou a pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), lançada na última sexta-feira (4), em Salvador.
“Você tem uma parte que apoia o Caiado, uma parte que quer um candidato da direita, e uma parte que é do governo. Está dividido. Eu vejo um Brasil polarizado entre o presidente Lula e o ex-presidente Bolsonaro, ou um candidato dele. Não vejo, em 2026, possibilidade de fugirmos dessa polarização. O Caiado aposta em uma coisa diferente. Se ele conseguir, vou me render e dizer que eu estava errado”, declarou.
Apesar de manter o discurso de “governabilidade” com o atual governo, Elmar não descarta o apoio do União Brasil a um nome da direita. Segundo ele, essa decisão vai depender do perfil do candidato que surgir no campo conservador. “Tem candidato que não dá para ir, e tem candidato que pode convergir todo mundo. Bolsonaro dá para ir, se a Justiça Eleitoral o liberar”, pontuou.
Caso Bolsonaro permaneça inelegível, o deputado sugeriu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como uma alternativa. “Com Tarcísio, vai todo mundo. É uma escolha pelo pragmatismo. Vai o mercado financeiro, vão os sete governadores da direita. Mas o Tarcísio só vai se for convocado pelo Bolsonaro. Aí vai todo mundo, falando dos partidos de centro”, completou Elmar.
Fonte: Tribuna da Bahia
