O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), presidente da Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara, afirmou que o agronegócio brasileiro aceita arcar com o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre 82% dos produtos agrícolas exportados, desde que isso garanta a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, a liberdade é “mais importante que o lucro” e o setor está “cada vez mais unido em torno de Bolsonaro”, mesmo diante de prejuízos financeiros e do endividamento rural.
Nogueira defendeu que a tarifação faz parte de uma negociação política e acusou o governo Lula de ser o responsável pela crise diplomática com os EUA, citando declarações e alinhamentos internacionais do presidente. Para o deputado, o ex-presidente americano Donald Trump estaria dando prazo para que o Brasil apresente uma proposta que inclua a anistia de Bolsonaro e a revisão das condenações no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também disse que o Congresso pode “assumir papel estratégico” ao aprovar um projeto de anistia, e classificou como “insanidade” culpar Eduardo Bolsonaro pela taxação.
Apesar das perdas, Nogueira garantiu que o agro continuará apoiando Bolsonaro nas eleições de 2026 e afirmou que há um movimento crescente de produtores em defesa do ex-presidente. Ele criticou o STF, acusando o ministro Alexandre de Moraes de “rixa pessoal” com Bolsonaro, e cobrou uma postura mais ativa do Ministério da Agricultura nas negociações com os EUA. Para o deputado, o momento exige “pacificar” as relações entre Brasil e Estados Unidos, mesmo com a pressão das sanções impostas por Trump.
Fonte: Tribuna da Bahia
