Embora seja costura articulada diretamente pelas executivas nacionais do PP e do União Brasil, a eventual montagem da uma federação entre os partidos ainda depende de ajustes em estados onde caciques de ambos os lados caminham em rotas diferentes. Em especial, a Bahia, apontada por lideranças das duas legendas como a equação mais difícil de ser resolvida no curto prazo.
“Apesar de ouvir gente no PP e no União garantindo que o acordo está perto de ser fechado, que as barreiras foram todas superadas, não é bem assim que a banda toca. Prova disso é que a parte baiana no tabuleiro da fusão permanece sem definições”, confidenciou à coluna um parlamentar pepista com assento na cúpula da sigla em Brasília.
Segundo apurou o site, uma das principais exigências feitas pelo União Brasil é que o controle da federação partidária no estado fique com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (Foto: Divulgação). Para que as negociações avançassem, Neto aceitou abrir mão da primeira vice-presidência nacional da legenda, posto que ocupa hoje na sigla surgida após a fusão dos extintos DEM e PSL. “Acontece que o PP é dirigido na Bahia por Mário Negromonte Júnior (deputado federal), que não demonstra disposição de entregar o poder de bandeja. Será necessário compensá-lo e garantir que ele tenha voz de mando também. Aí complica. Essa conta não está resolvida. Ocorreram avanços, mas o conflito de interesses segue”, destacou um cardeal do União Brasil.
Fonte: Metro1